sábado, 23 de novembro de 2013
Desapego
Era estranho quando eu pensava nele e não sentia mais nada. Eu até ouvia nossas músicas tentando fazer renascer um sentimento bom que me lembrasse dele, mas nem isso aconteceu. Me olhei no espelho, e vi refletida a única pessoa que pode me fazer feliz. Penteei os cabelos, passei aquela maquiagem e coloquei aquele vestido azul que você detestava justamente porque ficava muito bem em mim! Sai pelas ruas mandando beijo pro vento, sorrindo aos quatro cantos e cantarolando alegremente qualquer canção do bom e velho Cazuza... A felicidade era estampada em meus olhos. Cumprimentei o idoso que jogava comida aos pombos na praça, conversei com a dona da banca de revista e ainda abracei o moço da padaria! Estava parecendo louca, mas na verdade só estava feliz por já tê-lo esquecido.
E assim estou indo... Feliz, desapegada, cheirando jasmim e sorrindo por aí. Até o encontrei em uma dessas esquinas da vida, mas foi tão bom, porque só disse “oi, tudo bem?” e recebi um “quanto tempo!” e um olhar apaixonado. Que pena meu bem, que pena. O tempo mudou meus pensamentos e pelo visto também os seus, porque depois desde dia voltou a me ligar, e eu deixei de atender. O mundo gira... Lembra quando era eu quem ocupava este papel?
Isabel Oliveira.
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